A vida como ela é: Vaporizador caseiro

Quando eu estava na faculdade, a grana era curta para dar conta de tudo o que uma garota com os hormônios em pane quer.

O que entrava tinha que dar para roupas, sapatos, make, cabelo, gasolina e claro, muuuuuuuita balada, afinal, de que adianta tudo isso se não é pra ver e ser vista?

A grana até que dava pro gasto, mas mesmo assim, eu vivia atrás de soluções mirabolantes como quando inventei o sutã meia taça de pobre, que se tratava de colocar todo o tecido do sutiã debaixo do peito, assim ele ficava maior e apontado pra frente, uma coisa espantosa que realmente deixava a macharia animada.

Mas voltando ao vaporizador caseiro, um dia, vi a faxineira da minha mãe metendo bronca na casa com um vaporeto. E pensei: Putz, o princípio é o mesmo do vaporizador do salão: vapor!

Na sexta seguinte, lavei o cabelão, enchi de máscara e me sentei na cadeira que já estava com o tubo do vaporetto amarrado e posicionado. O único inconveniente era que não tinha aquele capacete pra deixar o vapor ao redor da cabeça, o vapor ficava que nem jato de secador, mirado pra uma direção só. Mas tudo bem, a gente não vai exigir perfeição né?
Me sentei, e liguei o negócio e o vapor começou. E eu ficava virando a cabeça pra lá, pra cá, o negócio tinha que funcionar. Fiquei lá uns 15 minutos, com a cabeça fervendo, e quando saí, o couro estava sapecado, vermelho. Fiquei uma semana com o couro ardendo, morrendo de medo de ficar careca. haaaaaaaaaa! careca nãao!

Bom, o negócio, - fora o couro cabeludo em brasa - até que funcionou, o cabelo ficou macio, legal, coisa e tal. Só resta saber se foi o vaporeto ou a fé. Arre!!